A imagem acima retrata a mata ciliar e um trecho do Córrego Frio .
Abaixo um grupo de tucanos ( 4 ) pousados em um pau-jacaré em fim de tarde .
E são nestes ambientes naturais e em nossas trilhas e jardins que realizamos nossas observações destes pássaros maravilhosos.
Temos uma pequena bibliografia a respeito e , com a ajuda desta robusta ferramenta que é a internet, podemos minimizar os efeitos de nossos parcos conhecimentos sobre estes maravilhosos seres voadores, que como os peixes não costumam deixar rastro de seus movimentos nos meios em que habitam – ar e água.
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Alguns são residentes e funcionam como atrativos permanentes de nossa pousada. Fazem papel de despertador, como a sabiá, que nesta época do ano, emite o seu primeiro piado todos os dias às 5:30 h, sem mais e sem menos. Hora de levantar. Elas são incansáveis e alegram nosso espaço com seu canto ao longo de todo o dia.
Outros são laboriosos “inseticidas” (que vocês me perdoem a comparação), como os bem-te-vis que, com sua rara agilidade, conseguem dar fim em 0,1% dos cupins que chegam aos zilhões após uma chuvarada nestas tardes super quentes.
Muitos são os que polinizam nossas floradas e distribuem, através de suas benditas fezes, sementes de toda sorte de frutos que, depois de bem saboreados, serão a garantia de continuidade da nossa vegetação.
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Existem também aqueles que nos causam uma certa apreensão ao piar ou voar.
Tem um caso que antes de decifrar acreditávamos que alguém tentava abrir uma janela de correr emperrada de nossa histórica pousada fazendo um barulho tipo ta ta ta ta ta. Numa bela madrugada ao caminhar pelos nossos jardins avistei alguns jacus que, dependendo do tipo de vôo, ascendente ou descendente, produziam exatamente o som que tanto nos intrigou enterrando de vez este mistério. Casa assombrada?!
Neste exato momento escuto um canto repetido de sabiá e outro de um bando de saíras coloridas, sem falar dos demais cantos que não ainda identifico.
Outras vezes, manhã ou pela tarde, escutamos, não raro, o pio dos nhambus que passeiam em nossas trilhas. Tempos em tempos nos pregam um baita susto aos nos encontrarmos pelas matas sem a devida prévia combinação.
Ainda tem um pio que nos deixa em estado de alerta. Assemelha-se a um gemido de criança, bem baixinho, vindo da mata, na boca do dia ou na boca da noite ....... Alguém sabe o que é? É um pássaro? Sei lá ......
Numa próxima oportunidade vou listar todos os pássaros que acreditamos ter identificado corretamente, sempre com o auxílio do Livro de Johan Dalgas Frisch, Aves Brasileiras .
Lembrarei também de falar, por partes, dos tucanos e araçaris, dos frangos d´agua , dos tiês e suas fêmeas , sanhaços diversos , cambaxirras , guaxes , pombas , alma de gato e , enfim , de muitos outros que habitam nestas matas das fraldas da Serra da Mantiqueira , de certa forma ainda protegidas do crescimento urbano irracional tão valorizado pelos nossos economistas e políticos indiferentes ao nosso ambiente de vivência . Bem que poderia ser desenvolvimento .................... e não apenas crescimento ..............