O ABACAXI DA POUSADA E OUTRAS ESTÓRIAS DESTA BROMELIACEA
Dentro da rotina de compras da pousada, sempre que encontramos na frutaria um abacaxi com pinta de doce, e como é difícil acertar, compramos para servir como uma das opções do nosso café da manhã.
Acontece que sempre que o preparamos surge uma tristeza enorme em jogar a coroa espinhenta na composteira e, então, damos um jeito de encontrar um espaço em um dos nossos canteiros para que brote e siga sua vida.
Como o abacaxi pertence a Família das Bromeliácea, Gênero Ananás, o torna uma planta muito rústica, isto é, bem fácil de cultivar. Resultado, temos pés de abacaxi de várias espécies espalhados em nossos jardins.
De tempos em tempos surge do centro de suas folhas uma inflorescência o que costumamos chamar de fruto do abacaxi. Na verdade são dezenas de frutinhas, denominadas frutilhos, todos bem juntos formando um conjunto na forma de uma espiga que vem a ser o que chamamos fruto do abacaxi. Normalmente suas flores são azuis bem pequenas e são bem observadas logo no início do surgimento da inflorescência.
O resultado desta diversão é a produção de pequenos frutos, já que não temos a intenção de produzi-los com técnicas de cultivo corretas para comercialização mas, sim, para decorar nosso jardim e puxar assunto com nossos hóspedes mais curiosos com as maravilhas da natureza.
Não raro surgem pequenos frutos muito doces o que nos deixa plenamente recompensados ao saboreá-los, tornando nossa vida do campo ainda mais compensadora.
Também não é incomum encontrar uma espécie de ananás bravo ou do mato, nas margens dos ribeirões e córregos de Penedo e região. Quando seus frutos estão maduros não recomendamos tentar comê-los pois são extremamente ácidos, mesmo intragáveis. Melhor deixá-los enfeitando nossas trilhas.
Falando de abacaxi surgiram lembranças da minha infância em Copacabana.
Uma delas diz respeito a um vendedor de abacaxi da praia que carregava um cesto enorme na cabeça cheio de abacaxis. Naturalmente que entre o cesto e a cabeça havia um pano bem enrolado para diminuir e aliviar esta carga. Suava tanto! Se não estou enganado tinha uns blocos de gelo para refrescar as frutas e, provavelmente, a cabeça do coitado. O senhor tinha uma destreza impressionante ao preparar a fruta, e não ficava nada que não a polpa e, sem dúvidas, eram os mais doces que já comi. Devia custar uns 5 cruzeiros e era preciso fazer uma vaquinha entre amigos para saboreá-lo.
A segunda lembrança é a do sorvete (picolé) de abacaxi da Kibon. Junto com o Jájá de côco e o Chicabon de chocolate, era tudo de bom. Lembro da confusão que se armava se alguém pedia um pedacinho e tirava quase meio sorvete.....o verão esquentava ainda mais.
Finalmente vem a lembrança dos filhotes de abacaxi que vinham ao redor da fruta parecendo uns periquitos. São brotos laterais da fruta e eu pegava todos para brincar, sei lá hoje do quê e o quê pensava. Hoje as frutas não mais trazem estas relíquias. Ocupam espaço e quem iria brincar com elas?
Enfim, hoje enquanto preparo a fruta do desjejum fico a lembrar dos bons tempos de pré- adolescência quando a tecnologia se limitava aos trens elétricos, autoramas e Mec- Bras(sem motor). Visite o endereço adiante e boas recordações . Tem a foto de um moleque brincando que até parece um de meus 8 irmãos (http://fotolog.terra.com.br/outromundo:352 ).
Ah...tinha também carrinhos de bateria e controle remoto. Faltaram os aeromodelos com ou sem motor que nos deixava felizes ao terminar uma montagem e fazê-los voar e, as vezes , mergulhar de ponta ......Crash !!!!!!!!
Até a próxima!
Otavio, seu abacaxi acabou me deixando com água na boca. Estou aguardando o voo da Trip pra Carajás (atrasado mais de 4 horas) e resolvi dar uma passada pelo seu blog. Delicioso!!! Acho que vou começar a decorar meu jardim tb. Beijos, Miriam.
ResponderExcluirOtavio & Vanessa,
ResponderExcluirEstou adorando as estorias, as vezes tenho a sensacao de estar ouvindo o Otavio conta-las, pois ele sempre foi chegado numa boa prosa.
Ja me tornei fa de carteirinha deste blog.
Beijinhos, valeria